quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Escolhas! Qual melhor opção?

É comum nos deparar com produtos ou metodologias bem similares e as vezes ficamos indecisos por qual optar.

Atualmente estou avaliando alguns frameworks (coisa de nerd) em meu trabalho para decidir qual a melhor opção para atender nossas necessidades no desenvolvimento de software.

Comecei a estudar a documentação, ver exemplos e algumas opiniões e/ou comparações sobre cada um deles.
Qual a melhor escolha ?
Cordova ou Android ?
Twitter-Bootstrap ou W3.CSS ?
Em verdade, tenho pra mim a um bom tempo que a escolha certa é aquela que se adequá melhor ao seu propósito sem lhe trazer esforços ou gastos desnecessários.


Mas como decidir isso?


É ai que está a verdadeira questão. Você deve conhecer bem o que você pretende fazer, qual resultado espera obter.
Será bem mais fácil ponderar entre as opções que estão disponíveis para você, tendo essas informações.

Por exemplo o W3.CSS oferece resultados iguais ao Twitter-Bootstrap.
Com funcionalidades a menos, o W3.CSS por ser um projeto menor, lhe oferece maior velocidade de processamento, do outro lado o Bootstrap mais funções.
  • Neste caso você deve ponderar se seu projeto precisa apenas de uma boa aparência com "responsive CSS", como um blog por exemplo, o W3.CSS lhe atenderá muito bem.
  • Agora se você tem uma aplicação um pouco mais complexa onde você precisará ir além do "responsive css" acredito que o Twitter-Bootstrap seja uma escolha melhor.
Para definir melhor o conceito que quero passar vou citar outros exemplos um pouco mais comum a todos.

  • Celular, você quer apenas fazer/receber ligações um simples lhe basta. Para acessar internet, usar aplicativos, jogos, precisa de um smartphone. Fazer videos chamadas precisará de um BOM smartphone.
  • Buscar pão na padaria, se a distância for pequena melhor caminhar - considerando o tempo que você passa sentado no escritório ;-) -, se a distância for longa você pode ir de carro, moto ou bicicleta.

E aqui ainda cabe outras variantes em sua escolha como o menor gasto de combustível, aproveitar para exercitar-se, ter uma atitude mais ecologicamente correta, não jogando poluentes no ar.



Como pode notar não é o produto em si que você deve considerar, mas o resultado que você espera alcançar com ele. É claro que deve-se considerar a qualidade do mesmo, porque ainda que tenha a mesma funcionalidade, sua durabilidade ou gasto de energia também é um fator a ser considerado.
Um objeto que está a milhões de anos nos possibilitando as mais diversas aplicações de acordo como ele é produzido é roda.

Em engrenagenscarros, bicicletas, brinquedos, etc., de todos os tamanhos e materiais você irá encontrar a roda. Com tanta variedade é um bom exemplo de que você precisa saber bem como usá-la para escolher a correta.

Espero que com essas colocações tenha lhe auxiliado a fazer melhor as suas escolhas, considerando mais o resultado final, e não só as opções disponíveis.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

17 Metas Globais

  • Igualdade Social.
  • Sustentabilidade.
  • Ecologia.
  • Sintropia . . .
Palavras e termos que estão em moda ditas aos 4 ventos, curtida por muitos nas redes sociais, etc e tal. Mas esta última palavra, SIN-TRO-PI-A, o que realmente ela engloba?

Se você procurar no dicionário, talvez não encontre seu significado, por ser um termo bem recente (nem tanto, mas o suficiente pra não constar nos dicionários).

Explicando de uma forma bem geral, sintropia é a forma como você se relaciona com o meio-ambiente, buscando tirar dele aquilo que você precisa, sem modificá-lo, na verdade você usa o meio-ambiente para ajudá-lo a produzir o que você precisa.

Para entender melhor leia a reportagem Suíço resgata terras degradadas no Brasil, nela você irá entender bem o que é sintropia.

Após toda esta volta, vamos ao que quero dizer:

Sempre falamos ou ouvimos que devemos reciclar, poluir menos, economizar água, combater o aquecimento global, e tantas outras coisas e esquecemos o essencial:

"Explicar como nosso planeta funciona."

Você realmente sabe porque não devemos derrubar uma árvore?
O que a vegetação tem a ver com a água?
Porque uma abelha (além de beija-flor, e alguns insetos) é tão importante para nossa alimentação?
E que essas três perguntas estão diretamente ligadas entre si e a reciclagem, poluição, falta d'água, aquecimento e a tal de sintropia???

Bem se você já leu a reportagem que indiquei, sim, já sabe de tudo isso.

A natureza vem se adaptando a milhões de anos, usando tudo que está a sua volta, animais e plantas retiram que há de melhor a sua volta.
O homem também fazia o mesmo tão bem quanto os demais seres vivos a sua volta. Só que chegou a ponto que não era apenas para sobreviver, veio a ganância, o egoísmo, o desejo de dominar e juntar tesouros (pra que? você não ficará aqui pra sempre!) e nessa cegueira começou a prejudicar a natureza, extraindo dela mais do que realmente precisava, de forma errada, e as vezes apenas por vaidade.

A boa noticia é que alguns, ainda que pouquíssimos, seres humanos percebem o erro dos demais e tentam corrigir os estragos, alertar para as dificuldades vindouras causadas pela nossa atitude errado no uso dos recursos naturais.

Por exemplo em São Paulo-Brasil entre 2014 e 2015 toda sua região metropolitana sofreu com a escassez de água. Escrevi sobre isso neste blog:
Rath se posicionou contrário … ao desmatamento cada vez mais intenso das regiões de captação da água. Mostrou francamente favorável à preservação das matas… na região do Caguaçu (incluindo a atual av. Paulista). … A esse respeito, ele escreveu: “Com as destruições das matas nos altos do Canguaçu secam as águas mais a mais.” (Sant’ Anna, 2007, p.113).
. . .
Finalizando este artigo passo uma última informação: Na cidade de São Paulo no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, mais conhecido como Jardim Botânico ainda temos um filete de água, uma pequena esperança de melhora neste quadro tão trágico, que atingiu seu ponto crítico em 2014, dentro do parque temos a nascente do riacho Ipiranga, bem conservada, um bom exemplo de como preservar algo tão valioso, demonstrando que é possível fazê-lo. Você pode conferir pessoalmente, faça uma visita, olhe a nascente e medite sobre este assunto.
Dito tudo isso volto ao título desta postagem "17 Metas Globais". Em setembro de 2015 lideranças mundiais estabeleceram 17 objetivos para ter um desenvolvimento sustentável, que não abrange apenas a preservação da natureza, mas tem como principal objetivo melhorar a nossa forma viver neste planeta para todos nós, quem sabe podemos alterar o futuro e viver em harmonia com a natureza, como fazíamos antes da ganância, egoísmo e vaidade alterar nossa visão de mundo.


Referências:

World's Largest Lesson; Disponível em:http://worldslargestlesson.globalgoals.org/pt/; Acesso em: 17.Agosto.2016

JACOMINO, Dalen; Suíço resgata terras degradadas no Brasil; Zurique; swissinfo.ch; 03.Março.2016; Disponível em: http://www.swissinfo.ch/por/sintonia-com-o-planeta_su%C3%AD%C3%A7o-resgata-terras-degradadas-no-brasil/41937484; Acesso em: 16.Agosto.2016


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Santo Amaro - 464 anos

Bonde 1543 no Largo 13 de Maio em 27 de março de 1976, a última viagem e a extinção dos serviços de Bondes na cidade de S. Paulo. Fonte: História dos Transportes Coletivos em São Paulo, Waldemar Correa Stiel
Após tantos anos de hibernação teve seu sono incomodado por seu primo, que se arrastava por baixo de seu leito, como um vizinho, inconveniente, que, no andar de baixo executa obras em horários impróprios.

Ainda assim permanecia em seu descanso, já se acostumara com o barulho da correria que há em toda cidade, são veículos, pessoas e tantos outros sons que no início atrapalha, mas com o tempo o ouvido acostuma.

Trilhos expostos. 26/08/2014 22:15, fxlima
Desta vez foi diferente, tardou um pouco, e então, como já avisará antes com tantos sons incessantes, não permitiu continuar seu sono, em seu leito de descanso.

Os trilhos, dormentes, perdeu sua manta asfáltica, que os cobria, os protegia, deixando-o longe de nossas vistas, escondido ali embaixo, esquecido por todos.

Em uma noite de 2014, no meu retorno pra casa, o encontrei ali descoberto exposto ao relento, os trilhos e dormentes do Bonde que, por tantos anos fez o transporte de Santo Amaro aos bairros da cidade de São Paulo.

Museu dos Transportes 18/07/2015, fxlima
Durante as obras de reformulação do corredor de ônibus, ao retirar a camada de asfalto ficaram expostos os antigos trilhos dos bondes que circularam na região até 1976.

Santo Amaro, uma importante Vila que nasceu na mesma época que a Vila de Piratininga (São Paulo).

Em 1832 Santo Amaro deixou de ser vila e tornou-se município. Manteve sua independência administrativa até que em 1935 foi incorporado ao município de São Paulo.



Referências:

http://www.pateodocollegio.com.br/cultura/pateo-do-collegio-linha-do-tempo/

http://www.oocities.org/motorcity/track/4509/centenario.html

https://www.youtube.com/watch?v=4aKlfJXW5cU

http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=778698

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/bibliotecas_bairro/bibliotecas_m_z/prefeitoprestesmaia/index.php?p=3867

http://www.sptrans.com.br/museu/

domingo, 10 de janeiro de 2016

Canções com História

Um breve passeio pela história através da música.

Há várias maneiras de pesquisar a história de uma época e suas atividades. Para realizar sua pesquisa  histórica, um Paleontólogo busca por fósseis, um Arqueólogo por artefatos encontrados em escavações, ou por gravuras em paredes rochosas, cavernas... e em períodos mais recentes através de registros escritos, alguns fáceis de ler, outros levamos anos para decifrar os símbolos utilizados.

Não quero entrar em detalhes de uma pesquisa histórica, neste momento quero utilizar da música para evidenciar momentos recentes da nossa história, não vou detalhar fatos, farei apenas uma analise distante e generalizada.

Entre 1930 e 1970 houve uma grande migração da população rural para as grandes cidades, em busca de trabalho ou de uma vida melhor.

Uma música que evidencia essa migração é "Saudade da minha terra" no trecho da música podemos notar o desejo de retornar a suas origens.
De que me adianta viver na cidade
Se a felicidade não me acompanhar
Adeus, paulistinha do meu coração
Lá pro meu sertão, eu quero voltar
Goiá e Belmonte

Ainda na década de 60 temos protestos contra a ditadura como vemos na música de Geraldo Vandré Pra não dizer que não falei das flores.
Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Também não posso deixar de citar Cálice de Gilberto Gil e Chico Buarque.
Na década de 70 protestos contra ditadura continuam como podemos ver na música de Belchior Como nossos pais interpretada neste link por Elis Regina.
Por isso cuidado meu bem 
Há perigo na esquina 
Eles venceram e o sinal 
Está fechado pra nós 
Que somos jovens...

Podemos chegar a tempos mais próximos com músicas da Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe Rude, Paralamas do Sucesso (Luis Inácio 300 picaretas) entre outros.

E o que retrata bem a sociedade atual (cegos pela mídia e políticos) que não valoriza seus jovens. Um protesto bem definido neste sentido está na música Não é sério interpretada neste link por Charlie Brown Jr e Negra Li, abaixo alguns versos desta música.

Eu vejo na TV o que eles falam sobre o jovem não é sério
O jovem no Brasil nunca é levado a sério
. . .
Sempre quis falar
Nunca tive chance
Tudo que eu queria
Estava fora do meu alcance
. . .
A polícia diz que já causei muito distúrbio
O repórter quer saber porque eu me drogo
O que é que eu uso
Eu também senti a dor
E disso tudo eu fiz a rima

Como disse não queria entrar em detalhes, apenas chamar sua atenção para estas formas de ver e contar a história.

Então quando ouvir uma música, dê um pouco mais de atenção a sua letra, no que ela quer falar a você.



Referências


Goiá - A história de um grande compositor, Disponível em: Acesso em: 10/01/2016>

VALE, Ana Lia Farias; LIMA, Luís Cruz; BONFIM, Maria Geovaní, Século XX: 70 anos de migração interna no Brasil, Textos & Debates - Revista de Filosofia e Ciências Sociais da UFRR nro.7, 2004,  Disponível em: Acesso em: 10/01/2016