domingo, 28 de agosto de 2011

Histórias de pais, avôs...

Há em toda cultura, fatos, acontecimentos, que, se alguém não escrever, acaba se perdendo. Sempre notei isso em conversas com tios e avós, com meus pais . . .

Coisas do seu cotidiano, tempos dos cangaceiros, ditaduras, e outras histórias que não gostaria de esquecer.

Por exemplo, além dos cangaceiros que nós tanto ouvimos falar nos livros, filmes e novelas, pelos sertões brasileiros também circularam os "revoltosos".

História que ouvia minha tia contar enquanto viajava em minhas lembranças, pelas paisagens nordestinas, tentando ilustrar os relatos.

Dizia ela que tinha um belo cavalo, grande, vistoso, que foi levado pelos revoltosos, que em troca lhe deixaram outro animal menos belo.

Outro tio complementava os relatos, dizendo que muitos moradores que sabiam da aproximação dos revoltosos, pegavam suas familias e algumas criações e se escondiam na caatinga por alguns dias e retornavam após sua passagem.

Em alguns casos eram obrigados por eles a segui-los por algum tempo ajudando-os a transportar os animais; tinham seus cavalos trocados por outros que já estavam cansados da constante viagem.

Essas e outras histórias que sempre gostei de ouvir, que são passadas de geração a geração, nas visitas e passeios de férias . . .   Quais são as suas histórias?

2 comentários:

  1. Cara, estas lembranças são ótimas, únicas....
    Lembro dos meus avós nos contando as mesminhas histórias que você relatou.
    Meus sogros também ainda contam estas histórias.
    Só que eles não usam o termo "revoltosos" e sim Lampião e Maria Bonita, Cangaceiros, etc.
    Abs.

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  2. É maravilhoso parar para conversar com avó ou avó, fico assustada com a paciência e sabedoria que eles possuem! Infelizmente tive a oportunidade de conviver apenas com meu avô paterno, um homem que foi muito discriminado quando jovem (era negro), e que batalhou muito para conquistar tudo que tinha. Ele costumava me levar ao botequinho da esquina, para tomar sua branquinha e cantar Adoniran Barbosa com os amigos, para me distrair, sempre me enchia de doces......eu adorava. Mas meus tios, que foram criados no Estado de Alagoas por meus avós maternos, contavam estas histórias de cangaceiros, brigas e situações hilárias que passavam morando na roça!
    Conheci outra cultura convivendo com a avó do meu marido, mulher sábia e guerreira. Ela me contava as alegrias e tristezas que passou ao vir para o Brasil. Fugida da Alemanha no período de guerra, ela contava as dificuldades que os próprios alemães tinham para realizar as necessidades mais básicas, como comer. Andou meses de navio até chegar ao Brasil e veio carregando apenas algumas mudas de roupa e uma linda bonequinha. Dá para acreditar que assim que chegou ela se apaixonou por uma fruta tipicamente tropical? Banana, ela ficou encantada com esta fruta! E por aí vai.....quero fazer este lindo papel quando chegar a minha hora...contar histórias da minha trajetória, da evolução da minha cidade e país e quem sabe fazer com que meus netos levem um pouquinho desta essência!

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